segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PSIQUIATRIA, ESPIRITISMO, SUBMISSÃO

                        Devo dizer que a inspiração, o gancho se quiserem, me veio após tomar conhecimento do artigo publicado no jornal o globo de 05/12/2011, de autoria do sociólogo Paulo Delgado, abordando o tema da medicina psiquiátrica e a indústria de medicamentos, suas conseqüências e seu mote, “a força da tutela”.
                        Devo acrescentar que não poderia deixar passar essa oportunidade para adicionar aos meus estudos espíritas, este tema por deveras instigante que é a psiquiatria, o espiritismo e o mais que está submetido a este universo das relações humanas.
                        Irei transcrever na íntegra o artigo do sociólogo Paulo Delgado, adicionar alguns comentários, se necessários, assim como transcreverei também um fato descrito pelo médico Inácio Ferreira, publicado no livro de sua autoria denominado “Novos Rumos à Medicina”, há mais de meio século.
                        O tema que ambos abordam é a psiquiatria e o seu universo de implicações decorrentes dos conceitos e visão de quem a opera, de quem a utiliza e sob que meios e modos a emprega, suas conseqüências e resultados positivos e negativos. Acrescenta-se o fato de ser o médico Inácio Ferreira um estudioso do Espiritismo e ter uma concepção firmada nesta doutrina, diante da qual utilizava seus estudos médicos e psiquiátricos para solucionar as doenças e agruras dos seus pacientes, lá no Sanatório Espírita de Uberaba, fundado lá pelos idos de 1910, e apesar “da perseguição ao Espiritismo que era tremenda”, como relata o próprio.
                        Devemos observar a importância e a dimensão do tema abordado pelos dois doutores no assunto. Um, o Dr. Paulo Delgado, que como sociólogo tem uma visão que podemos classificar mais antropológica das condições naturais do homem, o outro, o Dr. Inácio Ferreira que por ser médico, está mais afeito ao aspecto transcendente do homem e sua alma, ou propriamente o seu Espírito, ainda que a grande maioria dos seus pares assim não entenda.
                        Na concepção do Dr. Inácio Ferreira, diz ele entre aspas “Psiquiatria é a ciência que estuda as doenças mentais – e doença mental é a doença do entendimento, abrangendo, com este termo, um sentido vasto dos atos quer conscientes, subconscientes ou inconscientes, de cuja análise não se pode prescindir.”  
                        Alega ainda em seu estudo, “que apesar das discussões porfiadas; os congressos, reunindo as maiores capacidades; os livros, os compêndios, os tratados, como provas palpáveis de que se estuda, trabalha e investiga. Apesar de tudo isso, a Psiquiatria continua marcando passo, permanecendo sempre aquém dos demais ramos da medicina, incapaz, sem forças e sem meios para minorar sofrimentos, dores e angústias!”
                        Diz mais: “se para os diagnósticos e as classificações ela ainda não pôde galgar, sequer, os primeiros degraus para ir ocupar a cátedra que lhe compete entre as demais partes que compõem o todo científico, que dizer, então, das suas finalidades, sem o apoio de uma terapêutica criteriosa e sensata? Apoiada no materialismo; circunscrevendo o seu esforço em torno do corpo humano; empregando o seu tempo e as suas investigações tão-somente em torno da matéria; esquecida da vastidão do campo que se lhe apresenta em frente; empanada pelo orgulho do saber e da competência; obumbrada por todas essas circunstâncias, admite fronteiras à sua penetração e um fim como despejo para as suas derrotas – O TÚMULO!”
                        Há muita veemência e determinação nas afirmações do Dr. Inácio Ferreira, veja; “Em vez de confessar criteriosamente o erro em que, a cada passo, se atropela; em vez de abandonar a sua rotina oficial, sem proveito, sem finalidade e sem esperanças, persiste em enganar a si própria com termos difícies, nem sempre significativos. Não satisfeita ainda, sem a paciência necessária para o bom termo das pesquisas e experimentações, deixa assaltar-se por um nervosismo incontido, procurando agrupar em um termo único, tudo o que tem escapado aos seus exames, às suas observações, análises e experimentações. Em uma palavra – procura arranjar, para regalo das vistas profanas, um túmulo rico, vistoso e imponente para nele sepultar os resultados da sua própria incapacidade! Pobres túmulos que não passam de simples valas comuns, cuja profundidade não resiste, sequer, à aragem branda dos acontecimentos e dos fatos que se processam, continuamente nos Centros Espíritas.”
                        Ou seja, para o que estar apelando o Dr. Inácio Ferreira, médico, psiquiatra, espírita, cientista, pesquisador da realidade do ser humano em sua essência como Espírito, o qual pode estar em um determinado momento encarnado, habitando a matéria em um corpo físico, e num outro momento esse mesmo Espírito poderá estar desencarnado, fora da matéria, vivendo em outra dimensão, mas vivo e atuante como qualquer um de nós aqui e agora?
                         É que as dores da alma, as agruras vivenciadas pelo Espírito, nessa ou em outras tantas encarnações, poderão interferir na vida desses mesmos Espíritos ou de outros que neste momento se encontram encarnados, vivos, donos de um corpo de carne e osso, sentimentos, emoções, angústias, histerias, psicoses, neuroses, obsessões, etc., os quais poderão estar acometidos de algum distúrbio mental, e que a causa desse problema pode não ser meramente orgânica, mas de ordem espiritual, intoxicação que dormita nele mesmo desde outras existências.
                        Porém o ideal seria que se pusesse às mãos essa extraordinária obra que é o livro escrito pelo Dr. Inácio Ferreira, “Novos Rumos à Medicina”, publicado pela Livraria e Editora Espírita Humberto de Campos da Federação Espírita do Estado de São Paulo, para que se pudesse apreciar com mais autenticidade e diante da proficiência desse grande Mestre se avaliar a importância desse tema tão presente em todos os momentos da nossa vida e tão incapazes se encontram  para solucionar as dores da alma, aqueles que delas se dizem cuidar.           
                        Agora, iremos transcrever uma parte desse livro do Dr. Inácio Ferreira, cujo título do assunto se chama “Reflexo de Injúrias”, e que começa com uma citação feita pelo autor da obra,  de um trecho do francês,  médico e espírita Charles Richet, que diz:  “Ces faits existent, et celui que se livrer à pareille étude, longue, pénible, douloureuse, dans laquelle chaque progrès est marqué par d’angoissantes incertitu des, celui-la será recompense de sa paine.  Il pourra entrevoir derrière le monde normal et banal des événements de cheque jour, tout um monde nouveau, occulte aujourd’hui, et scientifique deman.”
                        Vamos cuidar da tradução para darmos continuação à transcrição. “ Estes fatos existem, e aquele que se entregar a semelhante estudo, longo, penoso, doloroso, no qual cada progresso está marcado por angustiosas incertezas, será recompensado de seu esforço. Poderá entrever, atrás do mundo normal e banal dos acontecimentos diários, um mundo novo, oculto hoje e científico amanhã.”
                        Eis o texto do Dr. Inácio Ferreira: “ As agências telegráficas e os jornais diários do mundo inteiro espalham, constantemente, as notícias e fotografias de verdadeiras tragédias que abalam os nossos sentimentos e os abalarão, ainda, por muito tempo, enquanto a Terra caminhar tão lentamente para a sua evolução.
                        As tragédias foram de todos os tempos.
                        Os últimos acontecimentos, porém, desenrolados mormente no recesso dos lares, têm-se caracterizado pela hediondez daqueles que os perpetram, com requintes de barbaria.
                        São pormenorizadamente descritos com as cores tétricas do horrível, com pinceladas de sangue e esgares de sofrimentos, dando-se-lhes, como origem, inúmeras causas,  porém, nem sempre, os que os descrevem percebem os verdadeiros motivos.
                        A Ciência oficial pôe-se em campo, alvoroçada e estimulada pelos governantes.
                        O álcool e a sífilis – os dois maiores fatores que se vão perpetuando, de geração em geração, como estigmas de degenerescência, ainda são os verdadeiros espantalhos a preocupar o tempo e o esforço dos inúmeros sábios que trabalham afanosamente, a fim de atenuar os estragos por eles originados.
                        Os vícios campeiam, degenerando, cada vez mais, os cérebros já por si doentes e enfraquecidos.
                        Álcool, sífilis, entorpecentes, ainda são, mormente para os psiquiatras, as correntes principais que serpeiam, minando os alicerces da Humanidade, procurando levá-la ao desequilíbrio, fazendo com que se despenhe nas profundezas das trevas, em estertores de dor e de desespero.
                        Com afã eles dificultam a venda do álcool; espalham postos para o combate à sífilis; cada vez mais guerreiam os traficantes, embora estes continuem dizimando, quais verdadeiras torrentes abrindo sulcos profundos no terreno da tranqüilidade humana.
                        Maquinismos poderosos substituem o braço humano, aumentando a caudal dos desempregados, que vagueiam, ao léu, na revolta íntima com o desespero, sentindo a fome e o frio rondarem em torno do seu lar!
                        Interesses recíprocos, na ânsia de fortunas e bem-estar que, quando não satisfeitos, ferem o orgulho e o amor-próprio, lançando o homem cegamente aos desvios, aos desfalques e aos jogos, no desejo de se apegar a uma tábua de salvação!
                        Vida agitada, infrene, continua, enquanto o tempo marcha, inexorável, na sua continuidade de luz e trevas, enquanto os homens se agitam na ânsia de horas de gozos e dissipações enfraquecendo os cérebros, abatendo o psiquismo, definhando a matéria!
                        Tudo isso é trivial! Tudo isso é corriqueiro, por demais conhecido dentro, principalmente, dos gabinetes médicos – os verdadeiros repositórios para as dores, as lágrimas e os desesperos da Humanidade que sofre.
                        E a Terra vai, assim, girando, no seu ciclo eterno, indiferente, enquanto os países se preparam para maiores hecatombes, enquanto as tragédias se avolumam, sacudindo de pavor os povos que se debatem, reconhecendo, aos poucos, as leis divinas e eternas, que governam os mundos e melhoram as criaturas.
                        Quantas e quantas tragédias, todavia, poderiam facilmente ser evitadas se os homens de Ciência lançassem as suas vistas, os seus sentidos e as suas pesquisas para o mundo invisível, para o mundo espiritual, com o mesmo afã, com a mesma boa vontade, com o mesmo carinho com que pesquisas a matéria e estudam o organismo!
                        Se não se encontra o fator interno – lesão do organismo; se não se encontra o fator externo – condições e meios de vida – por que não se  procurar o fator invisível?   
                        Ele existe. É uma realidade.
                        Quando sangue, quanta lágrima, quantas dores, gemidos e lamentos seriam evitados em milhões de lares!
                        Quantos cubículos das prisões e dos hospícios não se esvaziariam, se os consultórios médicos fossem tendas de trabalho onde o Espírito e o Mundo Espiritual fossem também estudados com o mesmo carinho com que são estudados os vários distúrbios do organismo!
                        A par das notícias das grandes descobertas, para atenuarem a dor física, a dor orgânica, o telégrafo não cessa também de espalhar, aos quatro cantos do mundo, os pormenores de tragédias horripilantes que se sucedem, cada vez mais com requintes de perversidade e de sadismo!
                        No ano passado, um louco (?), em um dos hospitais do Rio, estraçalhou seu companheiro de cubículo.
                        Um filho que matou a mãe.
                        A esposa, dantes meiga e carinhosa, sem um motivo plausível, extermina o esposo e os filhos, a machadadas.
                        No Rio, há pouco, um exemplar chefe de família, suicida-se, após tentar eliminar a esposa e os filhos.
                        Procurando vários médicos e professores especialistas, pois, sentia-se desnorteado, recebeu como diagnóstico surmenage, excesso de trabalho – e, com essa simples justificativa, os dias foram correndo até que explodiu a tragédia, transformando um lar, antes feliz, em um ambiente de dor e lágrimas, onde imperam hoje a viuvez e a orfandade.
                        Há tempos, fomos chamados à casa de uma família residente aqui, em Uberaba.
                        Um casal, vivia feliz, no lar organizado, onde duas lindas crianças davam a nota da alegria e da vivacidade. Casados havia vários anos, sem que a menor pertubação quebrasse aquele ambiente.
                        Fazia três meses, porém, que a mulher, demonstrando pelo marido um ciúme exagerado, começou a guardar todo o dinheiro que lhe caía nas mãos, alegando que o esposo gastava com a sua rival.
                        Brigas, discussões, dia e noite. Trabalho paralisado. Prejuízos enormes. Crianças abandonadas.
                        O esposo, desorientado com esses acontecimentos, desesperançado da Medicina e revoltado com a sogra que, em vez de apaziguar os ânimos, ao contrário, mais os exasperava, já promovia meios para enviar a esposa para a Itália, porquanto não mais podia trabalhar em semelhantes condições, assitindo ao desmoronar de um pecúlio ganho com tanto trabalho e sacrifício.
                        A mulher redobrava  sua vigilância, e tudo era motivo para desconfiança e discussões.
                        Os vizinhos e amigos intervinham, e seus conselhos, pedidos e demonstrações só serviam mais ainda para exasperá-la.
                        Dizia que, à noite, a rival mandava jogar gases no seu quarto para fazê-la dormir, dando, assim, oportunidade ao esposo para sair. Sempre vigilante,não dormia. Apesar de sentir fome, também não se alimentava, e só às escondidas bebia alguma coisa, com a desconfiança de que em tudo havia gases para lhe perturbar os sentidos. Vigilância, dia e noite, perturbada pelo ciúme.
                        Após minucioso inquérito, constatamos o seguinte: - O marido, homem trabalhador, apesar dos prejuízos decorrentes destes acontecimentos, achava-se em ótima situação financeira. Correto, direito, nada depunha contra o seu procedimento como chefe de família e como homem de negócios, no lar e na sociedade.
                        A mulher, sadia, sem nenhuma perturbação funcional. Fluxo menstrual normal. Exames de laboratório negativos.
                        Não existia o fator pessoal. Não existia o fator meio. Procuramos, então, o fator invisível.
                        Dela tudo ouvimos pacientemente. Vários médicos já haviam tentado o seu tratamento e foram tão variados que recusava, terminantemente, qualquer medicação.
                        Notamos tratar-se de um caso de subjugação e que, se não fosse socorrido a tempo, chegaria à possessão.
                        Eram católicos fervorosos, apresentando, assim, a primeira dificuldade.
                        Todavia o esposo aceitou o nosso alvitre em interná-la num hospital espírita, não só lançando mão de mais um recurso para a cura da esposa, como também pelo critério e pela viabilidade da explicação que fizemos ligeiramente, procurando demonstrar a possibilidade da perseguição de um espírito inimigo, inconsciente ou vingativo, fazendo-lhe ver, assim, o perigo a que se expunham no seu lar, pois ela seria capaz, de um momento para outro, de matar o marido e os filhos, suicidando-se em seguida.
                        Com muito custo, com subterfúgios, conseguimos interná-la.
                        Água e alimentação dadas à força, a ponto de ficar com lábios, gengivas e língua machucados e irritados.
                        Cinco dias após, confirmando tratar-se de um caso de obsessão, organizamos o nosso trabalho – bons médiuns curadores, médium de incorporação, da máxima confiança, e médium vidente. 
                        Conseguimos falar com o espírito obsessor. Terrível, revoltado por estar preso e não poder agir à vontade.
                        Nada de positivo, propriamente, conseguimos.
                        A médium, pela qual a entidade se manifestara, achava-se com a saúde abalada e devido à revolta tremenda do espírito, fizemos com que se desincorporasse, a fim de não sacrificá-la, esperando melhor oportunidade.
                        Cinco dias depois, organizamos novo trabalho, com as mesmas precauções e a mesma finalidade.
                        Foi uma sessão, que enquadramos no rol das verdadeiras sessões espíritas. Médiuns irmanados no sentimento do bem, desenvolvidos e com a boa vontade, dando, até mesmo, algo de si próprios em benefício dos que sofrem.
                        Incorporou-se o espírito. Silencioso durante muito tempo, demonstrando revolta, pelos gestos e atitudes. Não queria falar e ninguém o obrigaria a isso.
                        Com muito custo, com rodeios e paciência, procuramos tocar num ponto sensível – a família.
                        Com o despertar dessas recordações antigas, chorou muito, derramando lágrimas sentidas, à proporção que lhe vinham as recordações do passado.
                        E assim se referiu por entre prantos, entrecortados por soluços:
                        “Sou um espírito consciente do meu estado. Odeio e hei de odiar e perseguir a mãe desta criatura. É uma velha orgulhosa, ruim, má.
                        Há de pagar todo o mal que me fez.
                        Na penúltima existência, me chamava Mafalda Lorenzi.
                        Morava em Nápoles, em companhia de meus pais e dois irmãos, e todos se dedicavam à venda de peixes.
                        Casei-me aos dezoitos anos de idade e, por intrigas da velha, mãe dessa senhora e que era nossa vizinha naquela existência, fui expulsa do meu lar. Sofri muito, fui muito insultada, padecendo as anátemas e as injúrias por um mal que não havia praticado.
                        Meu irmão, sempre amigo, suicidou-se de desgosto.
                        Ela riu de tudo isso, satisfeita com tanta infelicidade por ela mesma provocada.
            Também, suicidei-me,  antes que maior fosse a desonra para os meus.
                        Sofri muito, imenso, com esse gesto, até que chegasse à compreensão de estar vivendo no mundo espiritual, já como desencarnada.
                        Pouco tempo depois, ela também faleceu. Segui-a sempre; nunca a abandonei. Foi sempre má, orgulhosa, ruim.
                        Tenho procurado, agora, fazer com que ela sofra o mesmo que sofri.
                        Meu irmão reencarnou-se como filho dela, nesta existência.
                        Ele a expulsou de casa e, há pouco tempo, em um desastre de automóvel, desencarnou-se, acabando de cumprir o resto da existência que havia cortado com suas próprias mãos.
                        Ela chorou, pagando, assim, os sorrisos que esboçou quando ele se havia suicidado.
                        As mesmas intrigas que fez de mim procurava eu, agora, fazer por intermédio dela mesma, contra a filha e o marido, obrigando este a expulsá-la também de casa e, quando não, expulsar a mulher, fazendo com que sofresse os mesmos anátemas que sofri, e ela, a mesma dor, a mesma tortura e o mesmo desgosto que, por sua causa, minha mãe sofrera.”
                        Procuramos despertar o bom sentimento desse espírito. Falamos sobre o perdão e sobre a evolução.
                        Com o auxílio dos guias, conseguimos que se apresentasse o próprio espírito de sua mãe.
                        Chorou muito, reconhecendo estar praticando um mal, atrasando, assim, a sua própria evolução. Partiu, contente, satisfeita, em companhia de sua mãe, abandonando o seu plano de vingança, ciente de que leis Divinas regem a Humanidade, alicerçadas no princípio de que o Ser Supremo não perdoa; dá, sim, às suas criaturas, ensejos para que sofram as mesmas conseqüências dos males e das boas ações que sempre praticaram e praticam.
                        NOTA – Todo o mundo, em Uberaba, conhece essa família. L.B., irmão da paciente, antigo peixeiro em Nápoles, que se suicidou por desgosto do que havia acontecido com sua irmã, reencarnou-se, agora, como filho da antiga vizinha, por sua vez, agora reencarnada como mãe da paciente.
                        Trabalhou aqui muitos anos, como peixeiro e açougueiro, conseguindo relativa fortuna. Casou-se e constituiu família. Desesperado com intrigas cosntantes provocadas pela sua própria mãe, de fato, expulsou-a de casa. Desencarnou há um ano, mais ou menos, vitimado por um acidente de automóvel.
                        A filha, condoída, recolheu a mãe. Agora, recomeçou com as mesmas intrigas, a ponto de que o genro quisesse também expulsá-la de casa e mandar a esposa para a Itália, onde residem seus parentes.
                        Tudo isso não se realizou devido à intervenção que levamos a efeito como conhecedor da Doutrina e como pesquisador das causas invisíveis, quando não encontrados os demais fatores: - fator pessoal e fator meio.
                        RESULTADO: - a paciente, reconhece, agora, a si mesma, de quase nada se recordando do que havia feito antes.
                        Voltou a felicidade antiga ao lar e são mais dois amigos da Verdade a espalhá-la entre os antigos amigos e vizinhos, ainda abalados com a transformação tão rápida da paciente.
                        Vive feliz, satisfeita. Continua boa, completamente consciente, freqüentando sessões de desenvolvimento, pois é médium de incorporação.
                        Se não conhecêssemos mais esse fator, grande auxiliar para a Psiquiatria, ainda estaríamos obrigando a paciente a tomar remédios e injeções até que, em breves dias, mais uma tragédia idêntica à do Rio, sacudiria de pavor, ainda uma vez, todos aqueles que dela tivessem conhecimento.
                        Quantas e quantas tragédias poderão ser, assim, evitadas, quando a Medicina estender o seu campo ao tratamento do espírito e as suas observações além do plano terráqueo!
                        São observações e conceitos verdadeiros que lançamos ao mundo.
                        Pouco valerão, bem o sabemos.
                        O furação, porém, já se anuncia, e a sua força e velocidade serão bastantes para levá-los bem longe, despertando os sentimentos e a curiosidade dos homens de Ciência, descortinando-lhes um novo mundo e novos recursos pata estancarem a caudal de dores que serpeia pela Terra. A claridade assim se fará e a Medicina, com essa réstia luminosa, poderá caminhar com mais segurança nessa estrada tortuosa, à beira da qual gemem inúmeros infelizes, desprezados como incuráveis.”
                        Este nosso empenho em apresentar o enfoque feito por dois estudiosos do assunto, apesar da distância entre um e outro – seja, mais de cinqüenta anos que os distancia – é para enfatizar que o problema não é recente, mas que se arrasta há décadas sem que a saúde pública, a quem compete encará-lo, tome as devidas providências, mas, esta simplesmente, vira-lhe as costas.
                        Porém, como muito bem nos demonstra o Dr. Inácio Ferreira, ocorre que a problemática vivenciada pela Ciência Médica especializada em psiquiatria, desconhece e faz questão de não tomar conhecimento do lado mais importante do ser humano que é fundamentalmente o seu transcendente, o seu invisível, o seu espírito. Ora, lidar com o Espírito esteja ele encarnado em um corpo de carne ou fora desse mesmo corpo de carne, portanto, encarnado ou desencarnado,  é algo tão fácil e simples como lidar normalmente com qualquer pessoa do nosso dia a dia corriqueiro. Há formalidades procedimentais? Há! Agora perguntamos: há formalidades procedimentais para que eu que sou um advogado, possa me investir e imbuir das minhas faculdades intelectuais e mentais em busca da defesa dos direitos do meu constituído, ante o contexto jurídico das instituições e perante toda uma magistratura? Há.  Senhores... Nada diferente em se tratando do mundo espiritual, o mundo das idéias, o mundo dos pensamentos, o nosso mundo onde verdadeiramente atuamos como espíritos que somos. É para esse fato que o Dr. Inácio Ferreira nos conclama, meus senhores! Independentemente de qualquer que seja a minha, a sua,  a nossa atividade exercida no contexto social em que vivemos. Vamos aprender a ouvir, falar, conversar, discutir e conviver com o mundo invisível, com os nossos semelhantes e iguais que são os espíritos. Fora dessa realidade não haverá salvação e nem solução para os problemas que afligem toda a humanidade.
                        Bem, visto isto vamos agora deixar o contexto em que vivem os espíritos, ou seja, o mundo invisível, para contextualizar problemas do mundo visível, demonstrado muito bem  pelo artigo do Dr. Paulo Delgado.
                        “O sofrimento virou doença. Qualquer mal-estar diante do mundo, um distúrbio. A ambição grandiosa da psiquiatria está cada vez mais perecida com o sem limite do mercado financeiro. Querem que todos vivam suas leis de ferro, amedrontados e submissos. Nada melhor para a criação de crises do que um poder sem sociedade, com regras próprias, exercido sobre todas as pessoas, sem que elas tenham direito de reagir ou ficarem indiferentes. Basta dar o nome de diagnóstico para relacionar sintomas e definir como transtorno qualquer manifestação da personalidade.
                        Quando a prática da medicina, subjugada à indústria de medicamentos, se oferece como cárcere, ficamos diante de uma verdadeira bomba embrulhada como se fosse terapia. Pior quando uma especialidade médica transforma em missão sanitária esconder hábitos e tarefas de uma sociedade indiferente a vida dos outros e que só vê as pessoas de forma binária: com sucesso, ou fracassadas.
                        A Organização Mundial da Saúde (OMS)anda preocupada com a definição de doença mental que a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Doença Mental – universalmente conhecido como DSM-V – anda preparando. A ser lançada em 2013, mas já objeto de tensa polêmica no meio psiquiátrico, especialmente norte-americano, a nova edição da DSM, transforma o cérebro num disco rígido. Um computador sem alma, intoxicado, num mundo cada vez mais doente e que somente poderá ser salvo por remédios. A OMS alerta que não aceita a desenvoltura da classificação, porque não é doença o que não pode ser caracterizado patologicamente, tem etiologia desconhecida, não possui padrão uniforme, não pode ser confirmado.
                        Quem não viveu, alguma vez na vida, alguma destas graves “doenças” psiquiátricas: abuso ou abstinência de substâncias, ansiedade, autismos, déficit de atenção, transtorno bipolar, confusão, desatenção, tendência à psicose, transtorno de personalidade, comportamento antissocial, apego reativo, amnésia, esquizofrenia, distúrbios diversos, etc. São tantos os nomes das “doenças do nervo” que agora viraram sinônimo de remédios e comportamentos, que começa a ficar preocupante o convívio humano. A menos que a sociedade perceba a gravidade dessa verdadeira epidemia que é querer tratar pela psiquiatria as dificuldades e problemas que fazem parte da vida.  Junte os ritmos cada vez mais velozes  e insanos da vida diária a esta forte tradição que tem a medicina de “encaixar um sintoma”, prescrever um remédio e mandar para o hospital que vamos todos viver dopados. Qual é a definição de transtorno mental? Quem pagará pela tragédia que o diagnóstico errado causa na vida das pessoas?
                        Qualquer coisa malfeita afeta todos. Mas quando é feita na rua aos olhos de todos como se fosse uma acusação, seja pelos despossuídos que usam crack, seja pelas autoridades que usam o arbítrio para fazer a cidade limpa, há aí outra vertente impiedosa dessa epidemia da tutela. Aqui o erro vem na sua forma prática como serviço, depósito de exilados. No mesmo embrulho mistura arbítrio e falsa legalidade e dá o nome de tratamento para o que abandono. Chama de falha moral a ousadia de esses jovens se desintegrarem nas ruas e praças. O usuário de crack compartilha a única localização no espaço urbano onde o efeito do que faz não é insignificante para os outros. Gerador de atenção e afeição momentânea não consegue transformar em sonhos o que está vivendo. Se o judiciário diz que é legal passeata para defender o que é considerado ilegal, de onde sai a ousadia da autoridade para recolher das ruas e retirar direitos  de jovens pobres e abandonados?  Onde pretende devolvê-los?
                        Dar o nome de terapia à indiferença social e ao fracasso da política pública – que não tem força para destinar recursos para serviços abertos 24h, descentralizados e multiprofissionais de acolhimento – só confirma a força que a indústria médica da tutela continua a ter sobre a população.
                        O que só aumenta a tragédia que é ver o sofrimento não gerar mais afeição”.
                        Bem, pelo exposto deixamos a cada um dos leitores a formação de juízo de valor sobre o que dissertamos. Entendemos que qualquer estudo que se faça sobre a mente do ser humano, requer um aprofundamento indispensável sobre o seu lado espiritual. Talvez se soubermos entender e conviver com esse outro aspecto de nós próprios, da nossa consciência,  aí encontremos a resposta para todas as nossas dúvidas existenciais.
Rio, 12/12/2011
Emmanuel Avelino.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MINHA AGONIA INCONFESSA...




Hoje é 31 de outubro de 2010. Ás 6,30h a manhã levanta-me, costumeiramente, para ler jornais, preparar o meu próprio café, meditar sobre o dia a dia de um brasileiro que desde o dia 01 de janeiro de 1971 é funcionário público federal, que ainda não lhe foi concedido a sua aposentadoria por questões administrativas, o que o agride em seus direitos, ainda que não fosse pelos direitos constitucionais de cidadão, mas por ser este que vos falar um idoso, carente de repouso e respeito.

Num outro dia 31, só que de março de 1964, às 5,30h a manhã levantava-me para eu ir para a faculdade de Letras Português e Literatura, não tinha tempo para ler jornais e nem tinha café para me alimentar, mas eu ainda assim meditava muito sobre o dia a dia de um brasileiro, com a barriga vazia mas que enchia a mente de esperanças e que prometia a si mesmo, que se fosse preciso iria para a rua lutar contra tudo e contra todos que se constituíssem em obstáculos à sua liberdade e ao seu futuro, de resto o futuro de todos os brasileiros.

Agora, a minha  mente não quer parar de pensar um só instante, em um outro dia 31, só que o de dezembro de 2010. Essa data será reconhecida como o dia que antecedeu o pior momento histórico do povo brasileiro. O dia em que um arroubo e um desastre da natureza legou ao Brasil a consagração da vontade de um homem que desrespeitando todas as normas e preceitos do comportamento humano,  da ética e da moral,  perpetrou a agressão gratuita a todas as leis do nosso ordenamento jurídico, às barbas do suposto poder judiciário,  feito esse que deixa para o povo brasileiro o legado da obstaculização  a todo o  progresso,  sobre todos os aspectos.

Hoje eu não acordei bem. Não me encontrava na cozinha onde tentava fazer o meu café. A mesa já não estava mais no mesmo lugar de sempre. Troquei as facas na hora de passar a manteiga no pão. Coloquei o café no coador melita e fiquei esperando para bebê-lo, o que não aconteceu, pois não ficava pronto nunca, mas como, se não ligara a cafeteira. Fiquei atônito, perdido dentro de 9m², da minha cozinha que eu os conhecia tão bem, como a própria palma da mão. Este dia 31 de outubro de 2010, está fadado a ser o pior dia da minha vida. Não tenho dúvidas!

Neste instante me veio logo à mente toda a minha trajetória, desde a época de estudante, ralando por inúmeras e benditas – nem sei se hoje ainda existem – “Casa do Estudante”, à época eram mantidas pelo governo da união. Hoje nem sei se existe mais, a própria União, que é a Nação politicamente organizada e constituída em um Governo? Pensei em toda a minha luta para chegar à conquista de um diploma de nível superior, foi o que consegui, o de bacharel  em Direito, sim porque o de Letras não tive a oportunidade de concluir pelas dificuldades naturais da minha precariedade.

De onde eu venho, não é muito fácil imaginar de como era de onde eu venho. Pela fibra do sertanejo que no dizer de Euclides da Cunha é antes de tudo um forte, agora se pode imaginar de onde eu venho. O que enfrentei e varei mundo afora... Só o fiz tudo que fiz por um motivo único, o conhecimento, o ensino a educação, pela qual me desdobrei em mil, para alcançá-la, para conquistá-la, para persegui-la custasse o que custasse. Eu sabia que tudo o que eu sonhava e almejava somente através dos estudos o conseguiria. Dediquei a minha vida todas dos 10 anos até os 28 anos perseguindo o meu ideal, meta que estabeleci à minha vida, inarredável, para conquistar a minha  liberdade e a minha independência econômica, política e social. Eu consegui,  filhos do Brasil, eu consegui!!!

Porém, apesar de trabalhar desde 1967, até hoje, ainda  não me aposentei. Não que a luta tenha sido inglória, mas mesmo tendo sido vítima da justiça dos homens, e eu os entendo em suas fraquezas e mais do que isso em suas fragilidades e ignorâncias. E é exatamente este aspecto que tanto me tem abalado a consciência, o de que para se perpetrar uma violência atroz contra um povo incauto, tenha  que ser tal violência e  essa barbaridade concretizada  exatamente por um homem ignorante e despreparado. Aquilo que sempre foi a minha mais importante aspiração, a mais  almejada condição de progresso e melhora pessoal do ser humano que era,  o conhecimento, a educação, a cultura e a evolução mental, de nada me serviria, vez que para  se alçar o poder, e conduzir os destinos de um povo,  nestes tempos hodiernos, nada disso é necessário.

Onde foram parar os meus sonhos... O que eu vou dizer agora para os meus personagens invisíveis que sempre me acompanharam e me intuíram dizendo e cobrando o meu empenho nos estudos, nos deveres morais no comportamento ético, na honestidade, no respeito ao semelhante, no amor a Deus, no apreço e respeito aos símbolos da minha Pátria? Digam-me o que foi que eu fiz de errado? O que vou dizer aos meus filhos e netos. Após mostrar-lhes as fotos da minha vida e contar-lhes todos os meus sofrimentos e agruras para conseguir chegar aonde cheguei, varando  todos os sertões e todas as dificuldades que a vida me impôs!

Dizer o que?... Dizer a eles que para vencer na suas vidas não mais se torna necessário e preciso se dedicar de corpo e alma como fez o seu pai e avô, aos estudos, às pesquisas, aos deveres da escola e da educação, pois pelo exemplo visto isso se tronou desnecessário e contraproducente? Agora, meus amiguinhos e viajantes dos tempos, reina o reino das trevas e da ignorância dos homens detentores do poder, poder de interferir no nosso futuro, poder de decidir o nosso destino, poder de destruir os nossos sonhos e liberdades, poder de anular a nossa consciência, porque aquele que ascendeu ao posto de mando e decisão é o representante do mal e a encarnação do anticristo. Por uma questão lógica e para não promover a divulgação e nem a propaganda, me reservo ao direito de não pronunciar o seu nome.  

Rio, 01/01/2011.

Emmanuel Avelino.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

AGENTE SOMOS!...

                    Meus caríssimos seguidores, gostaria que todos compreendessem o verdadeiro sentido desta página aberta ao conhecimento e a divulgação dos nossos sentimentos amigos, em princípio, que é o de empregarmos a nossa sabedoria e conhecimento em prol da nossa consciência nacional e pátria dos nossos  antepassados e descendentes valores humanos e especificamente morais dos quais estamos hoje tão resentidos em especial nessas últimas três décadas da nossa história como civilização e povo que se pretende politicamente organizado para o progresso das suas qualidades políticas, econômicas, morais e espirituais.
                     Se nós os devidamente preparados, seja materialmente, moralmente, intelectualmente e espiritualmente, não nos dermos conta da parcela de contribuição que devemos disponibilizar ao nosso povo e a nossa pátria amada, o que farão aqueles que não disponibilizarão ou não dispõem hoje de tais valores, a não ser destroçarem como vemos nos tempos atuais por todos os meios de mídias, a nossa histórria moral e ética sendo esquartejada e jogada às feras, as quais por certo não estão preparadas e a altura de compreenderem o que se passa em seus entorno, exartamente por não disporem de conhecimentos e do devido preparo em suas consciências e em seus valores humanitários?...
                     O que fazer? Olhem, acho que na ponta da língua para responder essa pergunta, ninguém sabe verdadeiramente essa resposta. O que fazer, em princípio será perseguir uma mudança substancial dos valores morais e éticos do povo como um todo o que só se processará com a mudança do processo de ensino, educacional e cultural, que para isso passa pela mudança indispensável de todos os valores que conduzem os destinos do povo e da nação como um todo. Vamos mudar! Nós - e não a gente - podemos mudar toda essa realidade com a força e a determinação das nossas individualidades e a pluraridade das nossas consciências, nós somos a consciência da nação e não como querem os reducionistas, os quais se dirigem a nós com idéias abstratas nos colocando na condição cômoda para eles que nos tratam como se fossemos algo  meramente GENTE, que de acordo com suas concepções essa GENTE não está em condições de se autodeterminar e pode muito bem ser tangida para o seu curral como tangem suas boiadas de gado em suas fazendas ou para o matadouro público, como queiram...
                    Por isso....essa página, falem o que quizer, inclusive eles!


                     Inicialmente vamos embasar o espaço com um pouquinho de literatura:



                                   TEXTO POÉTICO – MÁRIO BENEDETTI

DA GENTE QUE EU GOSTO.


Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não
se tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que
fazer e que faz. Gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos
se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências
de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás
de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos
deixando as soluções nas mãos de Deus.
Gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da
gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua
vida, que vive cada hora com um bom ânimo dando o melhor de si,
agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer
suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto de gente capaz de me criticar construtivamente e de frente,
mas sem me lastimar ou me ferir. De gente que tem tato.
Gosto de gente que possui sentido de justiça.
A estes chamo de meus amigos.
Gosto de gente que sabe a importância da alegria e a pratica.
De gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor.
De gente que nunca deixa de ser animada.
Gosto de gente que nos contagia com a sua energia.
Gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos
razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de
alcançar objetivos e idéias.
Me encanta gente de critério, que não se envergonha em reconhecer que
se equivocou ou que não sabe algo.
De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não
voltar a cometê-los.
De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca
soluções.
Gosto de gente que pensa e medita internamente. De gente que
valoriza seus semelhantes, não por um estereótipo social, nem como
se apresentam.
De gente que não julga, nem deixa que outros julguem.
Gosto de gente que tem personalidade.
Me encanta gente que é capaz de entender que o maior erro do ser
humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.
A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a
tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o
tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os
sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo
próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Como gente com o essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto
de minha vida...já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem
retribuído.
Obrigado por ser parte dessa gente!
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em
levantar-se todas as vezes que seja necessário.
E isso é algo que muito pouca gente tem o
privilégio de poder experimentar.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma
naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a
derrota...
Por favor, reenvie essa mensagem
somente para gente que mereça
chamar-se GENTE.




            É nosso   desejo e propósito, fazer uma contundente, pois que veemente crítica a todos àqueles que desavisadamente e/ou inconscientemente se conduzem de maneira displicente quanto ao uso do nosso vernáculo. É muito comum nos dias atuais se ver e ouvir pessoas da mais variada gama a se pronunciarem de modo inadequado com relação ao uso do nosso idioma pátrio.
            Esse fato ocorre com indivíduos que se estendem desde o presidente do Brasil, parlamentares, autoridades de todos os perfis até o mais simples cidadão desse País. Assisto a tudo isso com muita tristeza  e indignação, mas resignado, pois, apesar de ter formação nas ciências humanas( Letras Português e Literatura e Ciências Jurídicas), tenho observado constrangido que desde os profissionais da comunicação até aquelas pessoas que por dever da função que desempenham ante a Nação, deveriam se conduzir de maneira exemplar, mostrando o modo correto e respeitoso de utilização do seu idioma, sua cultura, sua literatura e da condução equilibrada dos seus pensamentos e idéias, ante a razão dos fatos abordados, já que como se diz e sabemos é o idioma português, um vernáculo eminentemente racional.
            Tais pessoas se comportam acintosamente e agridem reiteradamente o nosso idioma e a nossa língua Pátria. Usam e abusam – talvez por desconhecerem verdadeiramente o nosso idioma – das agressões verbais e se utilizam dos modos mais condenáveis possíveis ao  nosso idioma, sem o   menor respeito à gramática. É bastante comum se ouvir e observar pessoas que nos canais de comunicação atentam contra o nosso vernáculo.
            A qualquer momento estaremos vendo num ou noutro meio de comunicação pessoas que se utilizam  desses fatos  e comportamentos . Há um termo e modo de expressão que no meu entender se tornou o carro chefe dessa história toda. Alguém já parou para observar o quanto se agride ao nosso idioma com a tal colocação de AGENTE, AGENTE, AGENTE.... É  agente para tudo. É um festival de besteira a consagrar essa impropriedade da expressão vernacular  do nosso idioma....
            Não se tem o cuidado e nem talvez o conhecimento do idioma para se usar adequadamente o mesmo. Ao ponto de se escutar o seguinte diálogo: “AGENTE pode pleitear o que for mais interessante para o povo desde que NOS SEJAM facilitados os meios  de CUMPRIRMOS  os compromissos que ASSUMIMOS  em campanha.” Ora meus senhores isto é uma verdadeira verborréia, um espetáculo mais que grotesco, uma agressão inominável ao nosso idioma e à nossa razão existencial, como seres humanos propostos e predispostos à evolução racional.
            O indivíduo que se apropria de tais incongruências, é verdadeiramente um imbecil que não tem a menor condição de dirigir a palavra a quem quer que seja  muito menos poderia ter à sua disposição um meio de comunicação para se dirigir às consciências e individualidades pessoais. Os indivíduos que se utilizam dos meios de comunicação, deveriam estar  imbuídos em levar a todos a formação intelectual, mental e espiritual de que tanto necessitamos todos nós em fase do processo eminentemente evolutivo, face ao progresso que almejamos como espécie humana.
            Devemos atentar para esses fatos e para tais pessoas, vez que são elas com seus modos incivilizados e suas mentes tacanhas que ainda assim querem vomitar conceitos e criar juízos de valores para perpetrar na consciência daqueles menos esclarecidos,  uma verdadeira  lavagem cerebral, pois nada importa a eles desde que tenham ao seu lado adeptos, muito embora sejam tais adeptos verdadeiros tolos e imbecis desmemoriados. Esse, decididamente, não é o caminho a ser trilhado pela nossa Nação, carente que se encontra de um rasgo histórico de civilização a caminho da evolução moral e ética, um porvir tão almejado, tão querido por essa porçãozinha renegada da humanidade.            
             Rio, 11/09/2006. Emmanuel Avelino.

– A LITURGIA DO CARGO – PARA A  AUTORIDADE INVESTIDA DE FUNÇÃO PÚBLICA, TEM QUE HAVER IMPARCIALIDADE IMPRESCINDÍVEL À POSTURA ÉTICA DA INVESTIDURA, COM A OBRIGATORIEDADE DO COMPORTAMENTO ESCORREITO, APRUMADO, SEM O MENOR DEFEITO, APURADO, CORRETO NA LINGUAGEM,  DESSA MESMA AUTORIDADE, SEM O QUE SE CARACTERIZARA A QUEBRA DO DECORO ÉTICO MORAL CONTRA OS VALORES FILOSÓFICOS, SOCIOLÓGICOS E POLÍTICOS DA SOCIEDADE, A QUAL SE SENTE REPRESENTADA POR ESCOLHA DE CONVICÇÕES DA SUA CONSCIÊNCIA, POR ESSA AUTORIDADE QUE TEM POR DEVER DE OFÍCIO BEM REPRESENTAR AS CONSCIÊNCIAS QUE LHES OUTORGARAM TAIS PODERES QUE NÃO DEVERÃO SER ULTRAJADAS  PELA IDIOSSINCRASIA DA PESSOA ORA INVESTIDA DO CARGO, CASO EM QUE HAVENDO A INFRINGÊNCIA A ESSES PRECEITOS FILOSÓFICOS, HÁ DE ESTAR CARACTERIZADA A QUEBRA DO DECORO MORAL E ÉTICO, FATO ESSE QUE MACULA TODAS AS CONSCIÊNCIAS DA SOCIEDADE, O QUE DEVERÁ SER IMEDIATAMENTE REPARADO PELAS INSTITUIÇÕES ERGUIDAS PELO EDIFICIO DA CONSTITUCIONALIDADE E DA JURIDICIDADE, MEDIANTE O REPÚDIO E A ELIMINAÇÃO DO INFRINGENTE.

6 – Ainda que a justiça dos homens fosse um poder ou um dom da divindade a eles concedido,  e o é, não poderia ser totalmente inquestionável – os homens - a ponto de tomar decisões que muitas vezes fere a consciência da coletividade e do interesse comum. A justiça – dos homens - também é um poder com limites, ela também é falível. Se à justiça máxima é dada a condição de intérprete máxima da Constituição, é bom que saibamos que estão interpretando nada de nenhuma coisa ou algum  interesse que diga respeito aos verdadeiros anseios da sociedade.  Mude-se, pois a Constituição, para que se possa  contemplar as verdades históricas do nosso contexto social. A Constituição é que não representa mais, em algum momento histórico,  os verdadeiros anseios do espectro social da nação brasileira, este sim, em contínuo processo de  evolução e de busca constante de melhoras morais e éticas. (Para Refletir e Crescer, Borreli Gráfica e Editora, Autor Emmanuel Avellino).  

                        O texto acima, o do Mário Benedetti, veio a calhar, porque estávamos há muito tempo querendo mesmo fazer uma análise mais detalhada do emprego do vernáculo  GENTE, AGENTE, A GENTE, atualmente tão comum o seu emprego em discursos políticos e até mesmo pelos meios de comunicação. Os meios de comunicação refletem a realidade dos fatos e seguem mesmo o trivial do dia a dia, pois que lidam com o produto do qual é meio(mídia, modelo, meta) e o copia para se fazer popular e atingir seus objetivos midiáticos. 
            Então, quando vemos um jornalista usando os meios de comunicação e repetindo sistematicamente a expressão AGENTE, A GENTE, GENTE, é porque  o mesmo estar querendo imitar algo muito popular que empregando tais expressões atingem a massa, e a massa é o produto mais visado, é o objetivo dos meios de comunicação, para se fazer o mais preferido. Furar esse balão, essa bolha que é a satisfação da GENTE(o povo na sua mais expressiva insignificância), essa é a finalidade da comunicação. Os meios de comunicação só visam esse aspecto, o qual podemos denominar de “o inconsciente coletivo”, dentro do qual borbulham todas as visões do espectro imaginário de um povo.       Desde a sua mais contundente rudeza a mais expressiva intelectualidade dos membros que compõem essa coletividade. Os meios de comunicação não devem fugir desse diapasão, o de provocar a satisfação e a graça do imaginário popular, sem o que estará dessintonizado com a vontade do povo e perderá a sua preferência o que seria  verdadeiramente a sua desgraça, desgraça dos meios de comunicação, evidente!
            Pois, o uso exacerbado desse termo AGENTE, A GENTE, GENTE, se tornou uma febre, vez que quem mais o usa, sistematicamente, são os homens públicos, os quais deveriam, eles mesmos primar pelo nosso vernáculo, e pela nossa consciência nacional. Conseguem eles, os homens públicos avacalhar e desmoralizar toda uma sistematologia racional do nosso vernáculo o tornando vil e ridículo, como se não fosse através dos pensamentos e das palavras que nós nos afirmamos como seres civilizados e educados para a interatividade entre os seres humanos.
            Esse fator pode até não ser sentido e diagnosticado aqui, no nosso solo, mas não tenhamos dúvidas que será sopesado em outros paises. Damos demonstrações de incivilizados, não tenhamos a menor dúvida. Mas é jocoso, provoca riso, é alegre, gracioso, faceto, do que quiserem adjetivar, mas é prova de despreparo intelectual, moral e ainda denota despreparo para o trato da coisa a que nos propomos representar e defender. Defender o que? A GENTE DEFENDE AGENTE E DEPOIS NADA MAIS SOMOS QUE GENTE.
            Não senhores políticos e jornalistas e autoridades constituídas, NÓS deveremos pelo menos ser muito mais  do que AGENTE da qual os senhores tanto bafejam e se apegam. NÓS  somos seres humanos racionais superiores. NÓS(maiúsculo) somos um contingente de pessoas intelectualmente capazes de sairmos desse marasmo nefando de nunca deixarmos de ser meramente AGENTE, como possivelmente desejam aqueles que montam nas costas da GENTE.
            Vejam só, o uso desse termo é tão “primoroso” para os que dele fazem uso sistemático que por certo estão muitíssimo satisfeito pelo resultado obtido com o seu uso. Senão vejamos: quando o político faz uso da palavra AGENTE, A GENTE, GENTE, ele o faz com todas as segundas intenções possíveis da sua perspicácia. Ele usa a sua capacidade de persuasão ao limite possível da psicologia de massas, com isso consegue uma penetração na consciência da massa, usando a sua agudeza de espírito, a sua sagacidade, para colocar aquele a quem ele denomina de A GENTE, no seu devido lugar.
            O termo que no seu discurso ele diz ser A GENTE, é o pronome pessoal ELE(sim, isso mesmo) aquele que estar na terceira pessoa do singular, do presente, do modo indicativo,  do verbo conjugado. Exemplo: o verbo QUERER conjugado no modo indicativo presente. Eu quero, Tu queres, Ele quer. Vejam que na terceira pessoa do singular do presente indicativo A PALAVRA “ELE” é o AGENTE tão falado e pronunciado pelo político. O político diz AGENTE QUER, AGENTE PODE, AGENTE FAZ. AGENTE PRENDE, AGENTE PROTEGE.
            Quando o político estar usando a palavra AGENTE para conjugar esses verbos exemplificados acima, ele se despersonaliza,  não é mais ele quem estar querendo, ele não assume a responsabilidade pelo AGENTE QUER, ele passa a bola da responsabilidade para o elemento ficcional do seu discurso que é o AGENTE QUER, significando que quem quer é ELE, um terceiro ser fictício, ilusório, simulado, aparente  e não ele o político que fala e promete e discursa.
            A responsabilidade no futuro caso a coisa descambe para o insucesso não é do político, mas  de  AGENTE. Ele o políticos estará a salvo, quem deverá  assumir as conseqüência é A GENTE, “ELE”, o elemento abstrato da sua sagacidade. Este “ELE” está claro é a personificação do próprio povo do qual o político se torna seu representante quando por esse mesmo povo foi escolhido para ser o detentor de um mandato público.
            Portanto por detrás dessa palavra mágica A GENTE, AGENTE, GENTE, está todo um aparato de mentes políticas, maliciosas e aguçadas que podem fazer de tudo para ludibriar a consciência do povo, das massas, com o objetivo de alcançarem o poder e os meios de comunicação sabem e conhecem muito bem todo esse aparato de poderosos homens públicos que vivem do irreal, do inverossímil, do simulado, do aparente, do ilusório e do fictício, para solapar a vontade do povo.
            Meu DEUS, e agora o que vamos dizer para o nosso Mário Benedetti, após essa ligeira digressão, depois de lermos a sua bela poesia?